3 de agosto de 2010

Tocado por Nossos Sentimentos



Desde que eu era um menino pequeno, no início de 1920, meus pais me ensinaram que o Filho de Deus veio a este mundo com a herança física semelhante ao de qualquer outro bebê humano. Sem destacar Sua linha de ascendência de pecadores, eles me contaram de Raabe e Davi, e enfatizavam que, a despeito de Sua herança física, Jesus viveu uma vida perfeita como criança, jovem e adulto. Eles me diziam ainda que Cristo compreendia minhas tentações, pois foi tentado como eu, e que desejava conferir-me poder para vencer como Ele o fez. Isso me impressionou profundamente, pois me ajudou a ver Jesus não apenas como meu Salvador, mas como exemplo, e a crer que por Seu poder eu poderia viver uma vida vitoriosa.

Em anos posteriores aprendi que o ensino de meus pais com respeito a Jesus estava bem alicerçado na Bíblia, e que Ellen G. White, a mensageira do Senhor à igreja remanescente, deixou clara essa verdade em numerosas declarações, como as que abaixo seguem:

“Que as crianças tenham em mente que o menino Jesus tomou sobre Si mesmo a natureza humana, em semelhança de carne pecaminosa, e foi tentado por Satanás como todas as crianças o são. Ele foi capaz de resistir às tentações de Satanás através da dependência do divino poder de Seu Pai celestial, enquanto era sujeito à Sua vontade e obediente a todos os Seus mandamentos.” Youth’s Intructor, 23 de agosto de 1894.

“Jesus teve a idade de vocês. As circunstâncias e os pensamentos que vocês têm nesse período de vida, Jesus também os teve. Ele não pode passá-los por alto nessa fase crítica. Cristo compreende os riscos que os envolvem. Ele está relacionado com as tentações de vocês.” Manuscript Releases, vol. 4, pág. 235.

Uma das principais razões pelas quais Cristo entrou na família humana para viver uma vida de conquistas, desde o nascimento até a maturidade, foi o exemplo que Ele deveria dar àqueles a quem viera salvar. “Jesus tomou a natureza humana, passando pela infância, meninice e juventude, para que pudesse saber como simpatizar com todos, e deixar um exemplo para todas as crianças e jovens. Ele está relacionado com as tentações e as fraquezas das crianças.” Idem, 1 de setembro de 1873.

Em meus anos de curso médio e faculdade, continuei a ouvir de professores adventistas e pastores que Jesus tomou a mesma natureza carnal que cada ser humano tem – carne afetada e influenciada pela queda de Adão e Eva. Destacava-se que os católicos não criam nisso, porque sua doutrina do pecado original exige que afastem Jesus da carne pecaminosa. Eles fizeram isso ao criar o dogma da imaculada conceição, a doutrina em que Maria, a mãe de Jesus, embora concebida naturalmente, estava desde o momento de sua concepção, livre de qualquer mancha do pecado original. Assim, uma vez que ela era diferente de seus ancestrais e do restante da raça decaída, podia prover seu Filho com carne semelhante à de Adão antes da queda. Embora alguns protestantes rejeitem a doutrina católica, a maioria ainda debate sobre a diferença entre a humanidade de Cristo e a da raça à qual veio Ele salvar. Sobrenaturalmente, dizem eles, Ele foi privado da herança genética que poderia ter recebido de Seus degenerados antepassados, daí estar isento de certas tendências contra as quais os seres humanos, como um todo, precisam batalhar.




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