20 de outubro de 2009

Economia e Abnegação

Muitos desprezam a economia, confundindo-a com a avareza e a mesquinhez. A economia, porém, harmoniza-se com a mais ampla liberalidade. Verdadeiramente, sem economia não pode existir real liberalidade. É preciso que poupemos, a fim de podermos dar.

Ninguém pode exercitar verdadeira beneficência sem abnegação. Unicamente por uma vida de simplicidade, de renúncia e estrita economia, nos é possível realizar a obra a nós designada como representantes de Cristo. O orgulho e a ambição mundanos precisam ser expelidos de nosso coração. Em toda a nossa obra, o princípio do desinteresse pessoal revelado na vida de Cristo tem de ser desenvolvido. Nas paredes de nossa casa, nos quadros, na mobília, devemos ler: Recolhe "em casa os pobres desterrados". Em nosso guarda-roupa, cumpre-nos ler: "Veste o nu." Na sala de jantar, na mesa coberta de abundante alimento, devemos ver traçado: Reparte "o teu pão com o faminto". Isa. 58:7.

Mil portas de utilidade se acham abertas perante nós. Lamentamos muitas vezes os escassos recursos disponíveis, mas, se os cristãos estivessem com inteiro fervor, poderiam multiplicar os recursos mil vezes. É o egoísmo, a condescendência com o próprio eu, que entravam o caminho a nossa utilidade. Quantos recursos são gastos com artigos que são meros ídolos, coisas que absorvem pensamentos, tempo e energias que deviam ser empregadas para fins mais elevados! Quanto dinheiro é gasto em casas e móveis caros, em prazeres egoístas, comidas luxuosas e nocivas, em prejudiciais condescendências com o próprio eu! Quanto é esbanjado em dádivas que não beneficiam a ninguém! Em coisas desnecessárias, muitas vezes nocivas, estão professos cristãos hoje em dia despendendo mais, muitas vezes mais, do que empregam em buscar salvar almas do tentador.

Muitos dos que professam ser cristãos gastam tanto no vestuário que nada têm para dar a fim de suprir as necessidades dos outros. Pensam que precisam ter custosos ornamentos e dispendiosa roupa, a despeito das necessidades dos que só com dificuldade podem conseguir o mais simples vestuário. Mensagens aos Jovens, pág. 320 e 321.

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