11 de março de 2009

Seria errado bater palmas na igreja?


Para responder a esta pergunta precisaríamos conhecer todas as razões que levam as pessoas a bater palmas num culto de adoração. Isso é impossível, mas podemos destacar, de forma geral, pelo menos dois tipos de palmas que acontecem na igreja.

Primeiro vamos falar daquela palma que acompanha o ritmo da música. É claro que, como tudo na vida, este acompanhamento musical vindo da parte do adorador, pode ficar exageradamente extravagante e prejudicial. Mas por outro lado, o louvor quadrado, formal e frio, é tão extremadamente prejudicial. É muito importante que o adorador se envolva no louvor, com todo o ser, inclusive, com o corpo. Pois cremos que somos um ser indivisível, que é constituído física, mental e espiritualmente, certo? Então, o corpo faz parte do ser, certo? Se não o fizesse não poderíamos usar a boca pra louvar, porque ela faz parte do corpo. Então veja, que é necessário equilíbrio. E com equilíbrio, é obvio que o louvor acompanhado das palmas alcança muito melhor o seu objetivo de envolver a todos. Nesse equilíbrio, precisamos lembrar que o ritmo nunca deve ser mais enfatizado do que a letra e a mensagem da música. Onde a mensagem é valorizada, os crentes desejarão eliminar qualquer ruído que os impeça de se concentrar na Palavra de Deus. Nas Escrituras, até os elementos da Natureza são chamados a bater palmas (Isaías 55:12; Salmo 98:8 e 9). E a própria Bíblia nos recomenda a cantar a Deus com palmas: “Batam palmas, vocês, todos os povos; aclamem a Deus com cantos de alegria. Pois o SENHOR Altíssimo é temível, é o grande Rei sobre toda a terra!” - Salmo 47:1-2.

Agora, existem também aplausos, que se faz a alguém. Nesse caso, também há o risco de haver o desequilíbrio. E o desequilíbrio se dá no exagero, na falta de etiqueta, na descompostura e na exaltação do ser humano acima de Deus. Pode ser que um público bata palmas para um cantor, um pastor, ou qualquer outro ministro, simplesmente “dizendo”, com suas palmas, o seguinte: “Louvado seja Deus, irmão, pelo seu talento! Parabéns por deixar Deus usar a você. Estamos agradecidos por enlevar-nos com seu ministério. Continue se dedicando ao Senhor, que nós continuaremos a lhe apoiar”. Tal aplauso seria um tipo de um “grande ‘amém’”. Ou, pode ser que, enquanto estiverem batendo palmas para um ministro, os adoradores estejam idolatrando-o e esquecendo-se de Deus. Isso é muito subjetivo e difícil de julgar. Mas o povo precisa ser educado quanto a isto. O diálogo é sempre melhor do que a inibição. Dentro do equilíbrio, os aplausos de um público para uma pessoa também são bíblicos. II Reis 11:12 diz que as pessoas “aplaudiram” durante as cerimônias de coroação do rei Joás.

Existem aqueles que se escandalizam com as palmas rítmicas ou os aplausos dentro da igreja. Eles alegam:
a)Que existem poucas passagens que falem sobre o “bater palmas”;
b) Desordem no culto;
c) Exaltação do ser humano acima de Deus, o que desonra o Senhor.
Quanto ao primeiro item, os críticos precisam levar em consideração, que, embora haja poucas passagens que falem sobre bater palmas, não existe uma única passagem bíblica sequer que condene o ato de bater palmas. Isto deixa a crítica em pior situação do que a prática. Quanto aos dois últimos argumentos, podemos claramente perceber que eles se referem muito mais ao desequilíbrio do que a uma prática equilibrada e sadia. No entanto, embora devamos respeitar a esses críticos como pessoas, devemos dialogar e crescer no entendimento de um louvor mais amplo.

Assim como outros elementos de expressão, como a linguagem falada e a música, bater palmas é também uma questão cultural. A igreja deve usar as melhores formas de expressão existentes em sua cultura que levem a maioria a adorar. Se a maior parte dos membros louva, adora, reconhece e interage melhor com as palmas, que as palmas sejam usadas com equilíbrio, para a honra e glória de Deus. Que o povo seja educado a compreender tudo o que isso envolve. Em muitos lugares do mundo nossa igreja tem esse costume. Mas, por outro lado, se a maioria das pessoas ainda não consegue se sentir bem com a presença das palmas no serviço de adoração, não compensa usar ali um elemento que não edificará os crentes. Nem tudo o que é lícito é conveniente (1Coríntios 6:12; 10:23), pois o objetivo de uma reunião de crentes é adorar, e não escandalizar. Todavia não podemos olvidar o fato de que muitas de nossas igrejas perdem muito, por não conseguirem alcançar, viver e praticar esse equilíbrio necessário no louvor. “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa [batam palmas ou deixem de bater], façam tudo para a glória de Deus” – 1Coríntios 10:31.

3 comentários:

Allan Candido Felix disse...

Deve-se ter muito cuidado ao se emitir opiniões particulares em veículos de comunicação pública, porque podem servir como pedra de tropeço, e ter conseqüências eternas.(espero que eu tenha tomado cuidado)

Quanto ao posicionamento escriturístico, muitas vezes se tem utilizado dele como se faz com os códigos de leis humanas, procurando-se brechas (como em casos omissos) e se utilizado de “remédios jurídicos” em nome do “equilíbrio”. Mas quando fazemos isso, são geradas uma série de dificuldades, principalmente para nós adventistas do sétimo dia, como, por exemplo, em relação à guarda do domingo, pois não há passagem que diga “com todas as letras”que é proibido guardar este dia.

Em relação ao bater palma durante as “apresentações” de louvor, é muito difícil acompanhar com palmas sem que seja dada ênfase ao ritmo. Tende-se a bater palmas durante os louvores porque a s músicas têm perdido sua característica original (melódico-harmônica), sendo enfatizado cada vez mais o ritmo e se utilizado de marcação errática. Sobre isso, basta analisar as músicas que são postadas neste sítio. Quando cantamos, por exemplo, “Da Igreja o Fundamento”, não se tem necessidade de bater palmas, e é impossível não se envolver quando se canta tal hino, e não experiênciar o poder de Deus, e isso sem o êxtase causado pela “sensacionalização” da musical.

Os pentecostais em procedimentos são um pouco mais prudentes, pois quando aplaudem algo dizem: “palmas para Deus”. (não entenda como apologia) E se reparamos bem quando os adventistas aplaudem sempre é pra alguém que tenha feito algo. Mas a isso se alega o “louvor indireto”.

Uma pergunta que tem sido esquecida é: “é necessário?”. Com ela muita discussão retardada e esquizofrênica nem começaria.

De fato, pra que uma adoração seja “redonda” não é necessário ritmar as músicas, nem se bulinar fisicamente; basta entrar no ritmo do Espírito e adorar em espírito e em verdade.

Quando se fala em “críticos” torna a argumentação tendenciosa. Apesar de o termo em si não ser pejorativo. Mas, nesse caso se dá a impressão que quem não bate palmas é um retardado mental ou desorientado. A Bíblia nos orienta a julgar todas as coisas, e quando fazemos julgamento somos críticos.

Portanto quer comer quer beber ou fazer qualquer outra coisa (fazer sexo ou não antes do casamento) faça tudo para a glória de Deus?!

Maranata!

Allan Candido Felix
IASD Itatiaia - ARJ

Allan Candido Felix disse...

(se for postar é melhor este)

Deve-se ter muito cuidado ao se emitir opiniões particulares em veículos de comunicação pública, porque podem servir como pedra de tropeço, e ter conseqüências eternas. (espero ter tido o cuidado necessário)

Quanto ao posicionamento escriturístico, muitas vezes se tem utilizado dele como se faz com os códigos de leis humanas, procurando-se brechas (como em casos omissos) e se utilizado de “remédios jurídicos” em nome do “equilíbrio”. Mas quando fazemos isso, são geradas uma série de dificuldades, principalmente para nós adventistas do sétimo dia, como, por exemplo, em relação à guarda do domingo, pois não há passagem que diga “com todas as letras”que é proibido guardar este dia. “E a palavra “equilíbrio” tem sido desculpar para justificar muita coisa errada” e mesmo, aberrações.

Em relação ao bater palma durante as “apresentações” de louvor, é muito difícil acompanhar com palmas sem que seja dada ênfase ao ritmo. Tende-se a bater palmas durante os louvores porque as músicas têm perdido sua característica original (melódico-harmônica), sendo enfatizado cada vez mais o ritmo e se utilizado de marcação errática. Sobre isso, basta analisar as músicas que são postadas neste sítio. Quando cantamos, por exemplo, “Da Igreja o Fundamento”, não se tem necessidade de bater palmas, e é impossível não se envolver quando se canta tal hino, e não experiênciar o poder de Deus, e isso sem o êxtase causado pela “sensacionalização” musical.

Os pentecostais, em procedimento, são um pouco mais prudentes, pois quando aplaudem algo dizem: “palmas para Deus”. (não entenda como apologia) E se reparamos bem, quando os adventistas aplaudem sempre é pra alguém que tenha feito algo. Mas a isso se alega o “louvor indireto”.

Uma pergunta que tem sido esquecida é: “é necessário?”. Com ela muita discussão retardada e esquizofrênica nem começaria.

De fato, para que uma adoração seja “redonda” não é necessário ritmar as músicas, nem se bulinar fisicamente; basta entrar no “ritmo” do Espírito e adorar em espírito e em verdade.

Quando se fala em “críticos” torna a argumentação tendenciosa. Apesar de o termo em si não ser pejorativo. Mas, nesse caso se dá a impressão que quem não bate palmas é um retardado mental ou desorientado. A Bíblia nos orienta a julgar todas as coisas, e quando fazemos julgamento somos críticos.

Portanto, quer comer quer beber ou fazer qualquer outra coisa (fazer sexo ou não antes do casamento) faça tudo para a glória de Deus?!

Maranata!

Allan Candido Felix
IASD Itatiaia - ARJ

Allan Candido Felix disse...

(caraca, muluque, esse aqui ficou melhor; se for postar posta este)

Deve-se ter muito cuidado ao se emitir opiniões particulares em veículos de comunicação pública, porque podem servir como pedra de tropeço, e ter conseqüências eternas. (espero ter tido o cuidado necessário)

Quanto ao posicionamento escriturístico, muitas vezes se tem utilizado dele como se faz com os códigos de leis humanas, procurando-se brechas (como em casos omissos) e se utilizado de “remédios jurídicos” em nome do “equilíbrio”. Mas quando fazemos isso, são geradas uma série de dificuldades, principalmente para nós adventistas do sétimo dia, como, por exemplo, em relação à guarda do domingo, pois não há passagem que diga “com todas as letras”que é proibido guardar este dia. “E a palavra ‘equilíbrio’ tem sido desculpa para justificar muita coisa errada” e mesmo, aberrações.

Em relação ao bater palma durante as “apresentações” de louvor, é muito difícil acompanhar com palmas sem que seja dada ênfase ao ritmo. Tende-se a bater palmas durante os louvores porque as músicas têm perdido sua característica original (melódico-harmônica), sendo enfatizado cada vez mais o ritmo e se utilizado de marcação errática. Sobre isso, basta analisar as músicas que são postadas neste sítio. Quando cantamos, por exemplo, “Da Igreja o Fundamento”, não se tem necessidade de bater palmas, e é impossível não se envolver quando se canta tal hino, e não experiênciar o poder de Deus, e isso sem o êxtase causado pela “sensacionalização” musical.

Os pentecostais, em procedimento, são um pouco mais prudentes, pois quando aplaudem algo, dizem: “palmas para Deus”. (não entenda como apologia) E se reparamos bem, quando os adventistas aplaudem sempre é pra alguém que tenha feito algo. Mas a isso se alega o “louvor indireto”.

Uma pergunta que tem sido esquecida é: “é necessário?”. Com ela muita discussão retardada e esquizofrênica nem começaria.

De fato, para que uma adoração seja “redonda” não é necessário ritmar as músicas, nem se bulinar fisicamente; basta entrar no “ritmo” do Espírito e adorar em espírito e em verdade. Tornando isso tangente: cantar com vontade, com alegria e/ou com contrição, deixando a mensagem ocupar a mente, com hinos que tenham a característica melódico-harmônica, e que nos permitam desfrutar da atmosfera celeste, sem ruídos. Deus pode nos alcançar de qualquer maneira, mas não é de qualquer maneira que podemos alcançar a Deus.

Quando se fala em “críticos” torna a argumentação tendenciosa. Apesar de o termo em si não ser pejorativo. Mas, nesse caso se dá a impressão que quem não bate palmas é um retardado mental ou desorientado. Interessante que mesmo em ambientes seculares, pela solenidade, as palmas são trocadas por estalar de dedos; imagina, então, a solenidade que envolve o lugar que é chamado de Casa de Deus. A Bíblia nos orienta a julgar todas as coisas, e quando fazemos julgamento somos críticos.

Portanto, quer comer quer beber ou fazer qualquer outra coisa (fazer sexo ou não antes do casamento) faça tudo para a glória de Deus?!

Maranata!

Allan Candido Felix
IASD Itatiaia - ARJ