27 de junho de 2008

Patins


Em certa ocasião, havia um menino que gostava muito de patins. Era tudo o que ele queria na vida. Pediu, pediu, tanto fez que um belo dia, eis que conseguiu. Ficou muito feliz com o par de patins, não desgrudava dele um minuto. Era dia e noite, o menino e o patins.

Só que no primeiro tombo, no primeiro arranhão, ele ficou com medo de estragar os patins e resolveu guardá-los. Os patins ainda eram a coisa que ele mais queria, o que ele mais gostava de fazer era estar com eles. Mas ele preferiu apenas ficar olhando e não usar mais para não estragar. O tempo foi passando e o patins guardado. Passaram-se anos e o garoto esqueceu os patins.

Então, em um belo dia, ele se lembra, sente saudades e resolve recuperar o tempo perdido. Vai até o armário, revira tudo e finalmente encontra os patins. Corre para calçá-los e aí tem uma terrível surpresa. Os patins não cabem mais no seu pé. O menino, acometido de profunda tristeza, chora e lamenta os anos perdidos e que não vai mais poder recuperar. Poderia sim comprar outro par, mas nunca seriam iguais aqueles.

Assim como o menino da história, são as pessoas. Guardam sentimentos, com medo de vivê-los, de se machucar e depois, quando resolvem retomar este sentimento, muitas vezes ele já passou de sua melhor fase. Aqueles patinseram especiais para o menino, eram únicos, por mais que comprasse outros não iria ser igual.

Deixe as besteiras de lado, as brigas, os ressentimentos e viva o amor hoje. O que importa é o presente . . .é ser feliz.

Não guarde os patins, talvez hoje ainda haja tempo, amanhã pode ser tarde demais. E se o tempo passou não fique triste, por que antes tarde do que nunca!

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