20 de maio de 2008

Como o evangelismo digital pode conviver com o presencial?

Essa é uma pergunta que alguns pastores de alguma forma me fazem ou pensam.

A resposta, apesar de óbvia, é esquecida por muitos:basta que a evangelização digital encaminhe o interessado para UMA PESSOA.
O evangelismo digital é apenas a porta de entrada da igreja, nesse caso.

Pensando em um modo avançado (mas não impossível) de evangelismo digital, a pessoa interessada poderia tomar conhecimento de todos os princípios doutrinários sem ver uma pessoa sequer, ao vivo.

As experiências podem ser trocadas por e-mail e chat, bem como as dúvidas podem ser sanadas por esse meio.

Caso haja a vontade ou necessidade de um contato mais humanizado, a voz sobre IP(*) pode ser usada gratuitamente. Se o interessado não usa voz sobre IP, um telefone faz-se necessário. No entanto, há soluções como Skype, UOL Fone e outros que barateiam esse tipo de contato não geográfico.

O maior desafio do evangelismo digital é ao mesmo tempo sua maior força:quem vai alimentar e atualizar os conteúdos e contactar os interessados?Esse desafio não é tão grande quando pensamos na tecnologia como ela existe e já está diponível hoje. Com a internet, não temos mais a dependência de proximidade geográfica. Não é à toa que grandes empresas mundiais migraram suas centrais de atendimento (call-centers) para a Índia, onde o custo de infra-estrutura e pessoal é menor.

Uma equipe que no evangelismo presencial podia dar atenção a um número pequeno de interessados, pode ampliar exponencialmente sua atuação no evangelismo digital. As pessoas nem precisam estar na mesma cidade do interessado.

Por outro lado, autores que elaboram materiais de estudo mas não conseguem unir esforços com outros parceiros, podem fazê-lo facilmente e sem custos de comunicação com o auxílio da internet e do trabalho colaborativo. Os criadores de conteúdo podem estar longe uns dos outros, e mesmo assim, seus materiais estarem em completo acordo. A publicação torna-se bastante simples, chegando a eliminar o custo de publicação. Ou seja, não há custo para duplicar material. Os próprios interessados fazem essa parte. Se você já fez download de algum arquivo, sabe do que estou falando. E qual internauta nunca fez?

Para a equipe de evangelismo presencial, fica a tarefa de visitar o interessado, quando este solicitar, de testemunhar e de mostrar o cristianismo vivo, ao vivo.

E se o interessado foi atendido inicialmente pela equipe de evangelismo presencial?
Nesse caso o evangelismo digital servirá para ele aprofundar o conhecimento adquirido presencialmente.

É importante destacar que o evangelismo digital serve também como ponto de apoio para que os membros tenham maior liberdade para recomendar o estudo de determinado assunto, que eles próprios não dominam, pois o evangelismo digital pressupõe uma equipe com conhecimento para dar suporte às dúvidas dos interessados.

Olhando para nossos membros, o evangelismo digital também permite o fortalecimento do conhecimento de nossos membros, já que a velocidade de disseminação dos materiais é muito maior do que pelo método impresso.

Pensando dessa forma, o que você tem a dizer sobre a convivência do evangelismo digital com o presencial? Será que eles são concorrentes ou parceiros? Um elimina o outro ou complementa-o?

Obviamente existem dificuldades para tornar tudo isso realidade, e leva algum tempo. Talvez a maior delas seja a cultura atual de evangelismo.

Agora, responda sinceramente. Depois de usar o MSN Messenger (messenger.msn.com), o Skype (http://www.skype.com/), salas de chat, fóruns e de ver o fenômeno da Wikipedia (http://www.wikipedia.org/), você continua achando impossível?

(*) Voz sobre IP é a conversa por voz em softwares como Skype, MSN Messenger, UOL Fone, etc.


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